terça-feira, 26 de julho de 2016


Felizes os idiotas!!!!

É estranho pessoas que falam tudo sobre qualquer coisa. E conseguem dizer muito pouco sobre quase nada, como especialistas de boçalidades. E tudo com uma superficialidade impressionante do achismo. Tem sempre uma opinião achada em alguma frase virtualizada de blogs chapa-branca em um contexto pseudoerudito e baseada em revistas vendidas a governos. Ainda apresentam recortes de jornalões, citam e recitam pedaços de livros de intelectuais consagrados em posições constrangedoras mas que, pela falta de profundidade e ligeireza da internete, parecem carregar uma filosofia ancestral. Felizes os idiotas!!!!

domingo, 26 de junho de 2016


FUTURO DAS CIDADES

Muito se fala sobre o futuro das cidades no mundo moderno. Principalmente porque as profundas transformações na forma como a humanidade se urbanizou, nos últimos tempos, criou uma nova configuração espacial para nossas cidades.
As cidades antigas eram lugar de segurança e depois viraram o espaço das trocas, do comércio. Depois tornaram-se os locais das administrações centrais e da produção industrial. E com os novos saberes transformaram-se em espaços do conhecimento, da informação, das complexidades e diversidades.
Hoje o espaço urbano passa por uma nova revolução promovida pela tecnologia. O território da segurança não é mais a cidade e sim a casa. O comércio online retira das ruas e shoppings a busca por produtos e novidades. As indústrias se afastaram da cidade e são apenas galpões que se espalham pelas rodovias e ferrovias, são pontos de montagens dos seus diversos componentes. Os escritórios passaram a ser espaços virtuais e seus arquivos de trabalho em nuvem são acessados em todo lugar. Os centros comerciais se transmutaram para portos secos de armazenagem e logística para entrega por transportadoras.
No entanto, o futuro das cidades aponta para as atividades de serviços como próximo espaço privilegiado da nova civilização moderna. É neste setor, que alguns moderninhos chamam de economia criativa, que se assentará a nova base de um novo território das cidades. As atividades que demandam a presença humana, seus encontros, suas trocas existenciais e suas vivencias serão o motor que manterá viva nossas cidades.

Para isso é necessário prepararmos esse novo território que virá, criando um novo urbanismo para a cidade do futuro. 

segunda-feira, 20 de junho de 2016


 Praça Zocalo, Cidade do México
Ruinas do Templo Mayor Asteca, próximo à praça Zocalo

CIDADE DO MÉXICO

Existem cidades que respiram história e parece que iremos topar com algum antepassado na próxima esquina. E por mais desfigurada que seja, por suas guerras e pelos soterramentos dos conquistadores, seus espaços emergem do passado em pedras bem assentadas e ruas traçadas. A Cidade do México é um claro exemplo dessa arqueologia das cidades, mostrando as cicatrizes dos colonizadores ao dizimarem uma cultura e imporem uma nova cidade sobre a precedente. A cidade se apresenta em diversas pedras, onde as culturas e histórias se sobrepõem. É uma cidade em camadas.....Essa é a impressão primeira que senti ao caminhar na cidade do México
Caminhamos séculos depois da ocupação da região no século XIV (1325), que se deu nas ilhas do grande lago Texcoco e onde brotou a civilização Asteca, com a cidade de Tenochtitlan. As estradas sobre o charco ligavam as ilhas e continham canais, um sistema de diques, jardins, plantações e templos. A cidade colonial espanhola (1523 a 1818) foi aterrando todo esse traçado pluvial Asteca e emergindo com um novo território, como a grande Praça Zocalo e o traçado cartesiano de ruas que saiam desse espaço central.
As ruas atuais seguem uma lógica do explorador espanhol e a tentativa de esconder o passado Asteca não teve completo sucesso, pois ainda brota pedaços dessa civilização antiga através das pedras do Templo Mayor, perto da Praça Zocalo. As pedras dos Astecas serviram para aterrar o seu passado e construir a nova cidade colonial espanhola, mas ainda carregam a energia desse povo guerreiro.

É no caminhar das pessoas, do cheiro dos quitutes das ruas, dos olhos negros como Cenotes, das faces traçadas como a brotar das pedras dos templos que reconhecemos os mexicanos e mexicanas. Os Astecas ainda vivem hoje sob esse sol e a cidade, mesmo com outros traços e ruas, ainda guarda os espíritos do povo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

 ZUMBIS DIGITAIS

As pessoas se transformaram em Zumbis Digitais vivendo em uma dimensão virtual e com a tecnologia dominando em rede global. Transformações na vida humana, nas últimas décadas, com a sociedade da informatização já provocam maiores impactos sociais que a revolução industrial. É uma revolução social onde as relações entre as pessoas são mediadas pelas máquinas e os cérebros ficam conectados aos estímulos da radiação das telas.
O tempo e as interações da vida comunitária passam a existir apenas no sistema mundial de computadores. As pessoas andam pelas ruas desligadas da realidade e plugadas nas nuvens waifirizadas. Os espaços públicos, praças, ruas, parques, clubes, escolas e centros comerciais apresentam seres humanos de olhos fixos em telinhas de celulares. 
Caminhantes zumbis digitais com a cabeça baixa, curtindo redes sociais, lendo mensagens, tuitando, watzapeando e conectando um mundo virtual. A vida real é um sonho que se realiza apenas nas telas brilhantes de uma mente viciada na internet.
O mundo digital está apagando as mentes daqueles que ainda buscam uma experiência real.